sexta-feira, 19 de junho de 2009

Com que cor? parte I

Não sabia bem por onde começar este post, pois são tantos conceitos que aplicamos na hora de criar uma paleta que fica difícil falar de apenas um tópico isolado. Então resolvi dividir o assunto "cor" e falar um pouco de cada conceito e como os utilizo na criação das paletas de cores para uma peça de comunicação. Mas não vou relacionar esses tópicos, vou escrevendo sobre eles a medida que for lembrando e utilizando-os no meu dia a dia, seja na tela para a pintura, ou no computador para a TV, Web ou impressão.

COR

Para começar, queria compartilhar um pouco sobre o próprio conceito de cor.
O que é a cor? Cor é percepção. Só isso. A cor só existe dentro da cabeça de cada um. Para quem tem o primeiro contato com esse conceito é super difícil aceitar que tudo que a gente enxerga não possui cor. Mas é verdade, não tem. E como acontece então? Difícil de explicar e difícil de entender, mas volu tentar:

a) a primeira coisa é a luz. Por que enxergamos com luz e não enxergamos nada sem luz? Porque só percebemos os objetos a nossa frente quando a luz reflete neles e chega a nossa retina.


b) chegamos a luz então, e a diferença entre as áreas do objeto que recebem mais ou menos luz cria o nosso sentido de tridimencionalidade. No exemplo acima, podemos perceber que o círculo possui profundidade baseado no contrate sombra/luz. É isso ae, só com isso já podemos perceber e nos localizar no espaço, mas e a cor? Sem luz não tem cor, então vamos ver de que a luz é feita para entender a cor. Putz, o conceito de luz é complicado (dá uma olhada aqui se quiser saber o jeito certo http://pt.wikipedia.org/wiki/Luz) então vou falar como leigo: luz são ondas, e dependendo de algumas variáveis dessa onda (amplitude, frequência e ângulo de vibração) teremos as variações de percepções que chamamos de cores.
Então a luz sai, reflete na minha xícara e chega no meu olho. E como ela tem um certo ângulo, frequência e amplitude, eu acabo percebendo a minha xícara como amarela? Errado, mas quase certo. O que acontece na reflexão da luz na xícara é que determina a cor que percemos ela.



É como matemática, a xícara possui uma textura que possui uma certa propriedade que vai alterar as variáveis da luz que está sendo refletida nela. Na ilustração acima, eu tentei simular e luz branca sendo refletida na xícara. O que aconteceu é que apenas um espaço do espectro do amarelo refletiu na textura da xícara, o resto da luz passou batido e, como apenas o amarelo foi refletido, é assim que enxergamos essa xícara. Viu como é apenas percepção. Um daltônico percebe o mundo a sua volta diferente de um não daltônico.

Se considerarmos a luz como uma informação, podemos dizer que ela é processada no cérebro, mas quem rebebe essa informação (luz), são células sensíveis a luz localizadas no olho, algumas reconhecem a quantidade de luz (luminosidade) e outras percebem quais as propriedades dela (cor).

Legal isso, mas como posso utilizar esse conhecimento no meu trabalho de designer? Putz, a gente utiliza isso em tudo, alguns conseguem aplicar sem conhecer a teoria (alias, é assim para praticamente todos no início), mas depois que começamos a controlar os rumos do nosso trabalho através desse conhecimento, podemos atingir nossos objetivos com maior acertividade.

No próximo post sobre cor, vou dar um exemplo prático sobre a aplicação desse conhecimento no nosso dia a dia.


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